“Fere uma grande parcela da população e a língua portuguesa sob um pretexto de igualdade…”. Foto: Chico Sisto

Nesta terça-feira, 14, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Palmas trouxe à tona a discussão sobre o Projeto de Lei do então vereador Filipe Martins, hoje Deputado Federal, que dispõe sobre a proibição do uso de Linguagem Neutra nas Escolas do Município de Palmas.

De acordo com as últimas informações repassadas pela Câmara Municipal de Palmas, a propositura será votada na próxima terça-feira no plenário Municipal. O vereador Eudes Assis, que é Cristão/Evangélico, assim que foi informado das discussões se manifestou contrário à aprovação pela constitucionalidade da linguagem neutra em escolas públicas da capital.

“É inaceitável, não podemos permitir que nossas crianças estejam expostas a essas ideologias e doutrinações, além disso o pronome neutro não traz nenhum benefício, pois fere, além dos princípios de uma grande parcela da população brasileira, a língua portuguesa sob o pretexto de igualdade”, pontuou o parlamentar.

A OMEP (Ordem dos Ministros do Evangelho de Palmas TO) que é formada por líderes evangélicos da capital, veio a público condenar veementemente o posicionamento de alguns parlamentares pelo apoio a constitucionalidade da linguagem neutra em nossas escolas públicas e pelo uso de linguagem neutra ou linguagem não-binária também nas publicações, propagandas publicitárias e mídias da Prefeitura de Palmas-TO.

O presidente da OMEP, Pastor Sebastião Tertuliano, afirma que o pronome neutro visa criar uma terceira opção para os pronomes de tratamento sob o pretexto de criar igualdade, quando na verdade modifica ilicitamente a língua portuguesa.

“Nós, evangélicos, entendemos que aos estudantes deve ser assegurado o ensino com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) e com a grafia fixada no Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa”, diz o presidente.