Engenhosidade é o que não falta para os alunos da rede municipal de Palmas e nesta 8ª edição da Feira de Empreendedorismo, Ciência, Inovação e Tecnologia (Fecit 2023) a pluralidade de projetos apresentados desperta curiosidades e despontam novos talentos entre os pequenos cientistas.

Sustentabilidade e solidariedade estão presentes na maioria dos projetos da Mostra Científica que acontece na Capital. Ideias como a confecção de vestido de noiva, a partir de sacolas plásticas; um forno solar caseiro; uma casa sustentável e uma mochila solidária, ganham espaços nas exposições da feira e agradam o público.

 

Reciclando sonhos

Um vestido de noiva diferente, que reúne beleza, sustentabilidade e baixo custo é o que promete o projeto ‘Reciclando sonhos: confecção de vestido de noiva a partir de sacolas plásticas recicláveis’, desenvolvido por três alunas do 5º ano, da Escola Municipal Beatriz Rodrigues.

A ideia surgiu após a aluna Laura Paes, do 5º ano, visitar uma galeria durante uma feira de moda, juntamente com sua mãe e descobrir que seria possível criar vestimentas com materiais recicláveis. “Eu e minha mãe fomos numa galeria chamada amam, ainda na semana da moda, e na entrada tinha vários tipos de vestidos muito bonitos e eu acabei me inspirando neles, especialmente porque ia ter a feira de ciências. Meu professor falou que era para a gente desenvolver uma ideia, aí resolvemos fazer esses vestidos de noivas a partir de sacolas. Várias pessoas já experimentaram e disseram que é confortável, além de lindo”, declara orgulhosa.

Além do vestido de noiva, feito com sacolas brancas, outros dois vestidos foram confeccionados pelas alunas, sendo um com sacos de lixo e jornal, e outro com sacos de lixo e lacres de latas. O projeto foi desenvolvido pelas alunas Laura Paes Pontes, Bianca Valentine e Julia Freitas, com supervisão do professor de matemática Mário Alves.

 

Forno solar caseiro

Duas caixas de papelão – de tamanhos diferentes, um pedaço de vidro, isopor e papel alumínio foi o suficiente para que alunos da Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Sueli Pereira Reche, localizada na zona rural de Palmas, construíssem um forno solar caseiro, capaz de assar bolo, cozinhar ovos, batatas e abobrinhas, aproveitando apenas o calor do sol.

De acordo com a professora Lilia Machado, uma das orientadoras do projeto, dependendo da intensidade do calor e alimento o tempo de cozimento fica entre duas e quatro horas. “Com esse projeto, conseguimos ensinar diversas coisas às nossas crianças, desde o reaproveitamento de materiais e calor do sol até a elaboração de alimentos. Elas conseguem ter acesso com muita facilidade aos materiais utilizados, com isso nós resolvemos desenvolver o forno solar para poder facilitar a vida delas”, declara.

Outra vantagem, segundo a professora Lilia é a substituição da queima de madeira (lenha), uma prática muito usada na zona rural com o fogão caipira. “O forno solar caseiro substitui de uma forma mais limpa para o meio ambiente, sem deixar o lixo”, relata.

 

Casa ecológica

Tijolos de gesso e telhado de palha de babaçu, com poucos ingredientes colhidos na natureza é possível fazer uma casa sustentável de deixá-la pronta para morar, uma moradia simples, mas segura, garante o aluno do 6º ano, da Escola Municipal Crispim Pereira, Pedro-Penon Schiavini, durante sua apresentação. “A nossa ideia da casa sustentável é muito interessante e fácil de apresentar porque é muito bom mostrar para as pessoas que é possível fazer lindas construções sem poluir o meio ambiente e gastando até menos com gesso, por exemplo”, afirma o estudante.

 

Mochila solidária

Arrecadar e distribuir para quem não tem é a principal proposta do projeto mochila solidária, das alunas Kamila Vitória Morais, Marina Vasconcelos Brito e Joana de Sousa Neres, do 8º ano da Escola Municipal Sávia Jácome Fernandes. Juntas, elas arrecadam materiais escolares entre os alunos da instituição e doam para alunos de menor poder aquisitivo. Até o momento, 39 itens já foram arrecadados e entregues.

Kamila Vitória garante que o projeto será ampliado para outras escolas, de forma que possa contemplar outras crianças. “É muito gratificante para a gente ver que esse trabalho está ajudando as pessoas. Que conseguimos ajudar outros alunos que precisam”, argumenta a aluna.

Para a professora orientadora “a ideia de trabalhar uma mochila solidária é promover essa conscientização de reutilizar materiais escolares, dando vida nova para eles e também ajudar os alunos da nossa unidade por meio dessa solidariedade, promover essa conscientização é importante”, avalia.

 

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