A senadora Kátia Abreu (PP-TO) afirmou que a Comissão de Relações Exteriores do Senado, que ela preside, não vai aprovar a eventual indicação do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro para a embaixada de Portugal, caso ela seja confirmada. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.

A coluna apurou que Carreiro comunicou ao senador Renan Calheiros e ao ex-presidente José Sarney que pode deixar o TCU para assumir o posto diplomático, abrindo vaga para que o presidente Jair Bolsonaro indique um novo ministro e forme maioria a favor do governo.

Segundo Bergamo, a possibilidade foi entendida por senadores como manobra do governo para se blindar de uma acusação de crime de responsabilidade por causa da sanção do Orçamento de 2021.

“Conheço o ministro Carreiro e custo a crer que isso é verdade. Mas, caso seja, não vamos permitir uma negociata dessas, envolvendo uma embaixada. Não há vaga no TCU. O mandato de Carreiro termina em 2023”, afirma Kátia.

A senadora também foi uma das responsáveis pela saída de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores,  tudo começou quando Ernesto se envolveu em um atrito com a senadora Kátia Abreu (PP-TO).

na época o ministro escreveu em uma rede social que, em um almoço no início de março, a senadora, presidente da comissão de relações exteriores, lhe disse que ele seria o “rei do Senado se fizesse um gesto em relação ao 5G”.

A declaração de Ernesto sobre a senadora foi vista como desespero por senadores, uma tentativa de tirar o foco da pressão por sua demissão.

Kátia Abreu respondeu a postagem do ministro e disse que é “uma violência resumir três horas de um encontro institucional a um tuíte que falta com a verdade”.