Luiz Henrique Machado/Governo do Tocantins

 

A intensa atuação dos bombeiros militares no combate aos incêndios florestais passa, nesta terça-feira, 13, a contemplar também a região de Taquaruçu Grande, o trecho de propriedades particulares distante cerca de 10km de Palmas, sentido Aparecida do Rio Negro. Os trabalhos no local começaram após uma série de focos ter surgido da noite para o dia. Contudo, o Comando-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, determinou o reforço das equipes.

 

O fogo na região sul do Distrito de Taquaruçu começou em 26 de agosto, e, desde então, os bombeiros militares seguem no controle da situação. Já são 18 dias de intensos trabalhos, com equipes espalhadas em vários pontos. Com os fortes ventos do período, a operação é desafiada por conta da rapidez com que as chamas se alastram.

 

Coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual, o tenente-coronel Erisvaldo Alves alertou: “As condições climáticas nesta época são propícias para a propagação do fogo, com temperaturas altas, baixa umidade relativa do ar, muito vento e muita vegetação seca. Mas só vai ocorrer o fogo se tiver a ação humana”.

 

A fala do coordenador-adjunto, reflete a desconfiança que se tem com relação ao rápido surgimento dos focos em Taquaruçu Grande, tendo em vista que, sem a ação do homem, as chamas não aparecem do nada.

 

“Isso está muito relacionado com a cultura do uso do fogo para limpeza de área, renovar o pasto. Isso é ruim, porque, além do meio ambiente que sofre, tem o sistema de saúde pública que fica sobrecarregado”, pontuou.

 

Na tarde desta segunda, 12, nas proximidades da Cachoeira da Roncadeira, mais de 40 bombeiros militares atuaram no combate aos focos que surgiram ainda no domingo, 11. As características topográficas da mata não eram o único problema: o terreno íngreme dificultou a extinção, que só foi possível após as 18h.

 

A força-tarefa contou com a convocação de 15 bombeiros militares da escala-extra e o reforço de pelotão com mais 35 homens.

 

O tenente-coronel reforçou a mensagem: “A gente precisa da conscientização da população. É preciso formar cidadãos com nova mentalidade e esperamos que as gerações futuras tenham entendimento diferente sobre o uso do fogo”.

 

Crédito: Luiz Henrique Machado/Governo do Tocantins