O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou hoje que a capital fluminense iniciará a partir de amanhã (2) um plano de flexibilização gradual da quarentena. Ficam liberadas a partir de terça (2) atividades em igrejas e na orla —será permitido dar um mergulho e nadar, mas não ficar na areia.

A retomada será dividida em seis fases, com previsão de duração de 15 dias cada, caso a curva de contaminações e mortes por Covid-19 se mantenha estável. A primeira delas já começa nesta terça.

Todas as fases serão acompanhadas por um Comitê Permanente de Gestão e Execução do Plano de Retorno, segundo a prefeitura. Crivella afirmou que o monitoramento será diário.

O prefeito informou ainda que a conclusão de todas as fases será em agosto se tudo correr dentro do previsto. Ele ressaltou que isso vai acontecer se não houver um aumento de casos que a capacidade de leitos da cidade não possa absorver. As aulas poderão ser retomadas em julho.

Veja abaixo as fases e o que será permitido e proibido. 

Fase 1:

atividades esportivas em centros de treinamento;
atividades esportivas nos calçadões;
atividade aquática individual no mar ( como natação ou surfe);
celebrações em igrejas (com protocolo de desinfecção);
lojas de móveis e decorações;
concessionárias de automóveis;

Na primeira fase, não serão permitidas atividades na faixa de areia, como o aluguel de barracas de praia ou as escolinhas de esportes. Saunas e piscinas continuam vedadas.

Fase 2

shoppings entre 12h e 20h, com restrições de movimentação;

competições esportivas com portões fechados;

Fase 3

todos os comércios, com restrição de circulação;

bares e restaurantes abertos, com 50% da capacidade
academias abertas com agendamento e distanciamento
luta e dança, sem contato físico;

atividades de crossfit;

creches, desde que pais estejam trabalhando;
escolas: quinto e nono ano, sem aglomeração;
salões de beleza, tatuagem e estética, com restrições;
praias e parques abertos, sem aluguel de cadeira e barraca;
áreas de lazer;
atividades culturais em espaço aberto, sem aglomeração;
competições esportivas com um terço do público;

Fase 4

Pré-escolas e turmas de primeiro e segundo ano;
pontos turísticos com um terço da capacidade;
atividade em espaço cultural fechado, com restrição de capacidade;

Fase 5

diminuição de restrições de capacidade em quase todos setores (bares, restaurantes, estádios, cinemas, etc);
praias e parques abertos, sem aglomeração;
Reabertura do terceiro e quarto ano nas escolas;

Fase 6

escolas e universidades integralmente, sem aglomeração;
“As aulas poderão começar, se o plano todo der certo, em julho. Se todos os parâmetros forem seguidos, em agosto voltamos à vida normal, ao novo normal. Usando máscaras, evitando aglomerações”, afirmou o prefeito.

De acordo com Crivella, as ações estão sendo alinhadas com o governador Wilson Witzel e foi tomada por unanimidade no conselho científico.

O prefeito disse que a decisão da reabertura gradual ocorreu porque nesse momento não existem filas em UTIs da rede pública municipal.

“O afastamento social, quando se prolonga, apresenta um número maior de mortes por outras doenças. A gente estava muito preocupado com a Covid. O afastamento social precisa ter um equilíbrio. É preciso que esse afastamento não traga efeitos danosos para mortes com outras comorbidades.”