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Ciopaer trabalha de forma integrada no combate às queimadas no TocantinsGoverno do Tocantins

O Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Unidade Aérea Pública (UAP) vinculada à Superintendência de Segurança Integrada da Secretaria da Segurança Pública do Tocantins, formado pelas três força de segurança (Corpo de Bombeiros e polícias Civil e Militar), está pronto para atuar na temporada de combate às queimadas. Nessa quarta-feira, 24, representantes da UAP participaram do lançamento das ações do Comitê do Fogo para combater queimadas ilegais em 2020.

Durante a reunião do Comitê do Fogo, que é composto por 31 órgãos das esferas Federal, Estadual e Municipal, além de autarquias, fundações e empresas privadas, o Ciopaer colocou o helicóptero à disposição para dar suporte às ações de combate às queimadas por meio do uso do helibalde e ainda realizar ações de fiscalização, monitoramento e educação ambiental. O órgão antecipou ainda que, na próxima semana, realizará treinamento da equipe para uso do helibalde nas ações deste ano.

Atuação

Em 2019, o Ciopaer realizou 27 horas de voo voltadas para as ações de fiscalização, monitoramento, combate aos focos e transporte de brigadistas. Foram realizados 149 lançamentos com helibaldes, totalizando 74 mil litros de água sobre focos de incêndio. Em um período de forte estio (meses de julho a setembro) e altas temperaturas, o helicóptero do Ciopaer literalmente fez chover no cerrado tocantinense, sendo aliado dos demais órgãos do Comitê do Fogo no combate aos incêndios. Além disso, a equipe do Centro desenvolveu ações voltadas à educação ambiental, com foco na prevenção.

O helibalde

O combate às queimadas é uma ação conjunta de lançamentos de água pela aeronave da Secretária da Segurança Pública com equipamento chamado helibalde e com o rescaldo dos focos de incêndios por equipes de solo, os brigadistas.

O helibalde é um equipamento acoplado na barriga (belly) da aeronave com capacidade de 540 litros de água, sendo este bolsão ajustável em percentual de captação a depender da temperatura, peso da aeronave (quantidade de combustível e peso da tripulação) e outros fatores que interferem no desempenho e segurança da aeronave durante a captação e operação do helicóptero com carga externa.

Além de tudo isso, a escolha do local de captação faz muita diferença no resultado da extinção de focos de incêndio. Ele não deve conter fios, árvores, construções que podem ser derrubadas com o vendo do rotor principal. O espelho d’água deve ainda ser livre de obstruções (tocos), ou que venha causar prejuízo ao proprietário como à captação não intencional de peixe em tanque. E ainda com profundidade mínima de pelo menos três metros. Quanto mais perto e seguro o local de captação, mais ciclos de lançamentos são jogados sobre o incêndio. Contribuindo significativamente com a eficiência da operação.

Essa carga de água, após captada por tripulação habilitada, é lançada sobre os focos de incêndios com uma ação do piloto em coordenação com o operador aerotático e as equipes de solo. Tal ação causa grande efeito na extinção dos focos de incêndios.