A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União cumprem, na manhã desta quarta-feira (7), um total de 16 mandados de prisão contra um grupo suspeito de desviar recursos públicos da saúde em vários municípios da região norte do Tocantins. As autoridades também cumprem ordens de sequestro de bens dos suspeitos no valor de R$ 12 milhões. A ação foi chamada de Bálsamo de Gileade.

De acordo com a polícia, a operação busca apurar um esquema de corrupção realizado por servidores públicos, que desviavam recursos da aquisição de medicamentos.

Estão sendo cumpridos 36 mandados de busca e apreensão, uma prisão preventiva e mais 15 de prisões temporárias. Todas as ordens foram expedidas pela Vara Criminal de Augustinópolis/TO.

Os mandados são cumpridos nos municípios de Araguaína, Aguiarnópolis, Sítio Novo do Tocantins, Ananás, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Luzinópolis, Praia Norte, Palmeiras do Tocantins, Riachinho, São Sebastião do Tocantins, Maurilândia do Tocantins e Imperatriz (MA).

A PF informou que a investigação começou em 2019 e revelou a existência de um possível esquema de desvios de recursos públicos através de aquisição fraudulenta de medicamentos. O grupo suspostamente realizava fraudes em licitações e emitia notas fiscais que eram canceladas posteriormente.

Os investigadores também encontraram diversas transferências bancárias por parte dos responsáveis pela empresa investigada para servidores públicos municipais, responsáveis pelas licitações e ligados à área da Saúde.

Entre os investigados estão secretários de Saúde e gestores do Fundo Municipal de Saúde de nove municípios investigados, na região do Bico do Papagaio. Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, fraude em licitações e participação em organização criminosa.
Com informações g1/to.