O curso de mestrado em Letras da Universidade Federal do Tocantins (UFT) em Porto Nacional está disponibilizando cotas para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexos. Ao todo, são oferecidas 62 vagas, sendo que seis delas são destinadas aos candidatos LGBTI.

Um dia após a matéria ter chegado aos jornais e sites do estado o pastor e deputado federal Eli Borges (SD-TO) gravou um vídeo dizendo que vai acionar o Ministério Público Federal e o Ministério da Educação para proibir que a Universidade Federal do Tocantins (UFT) de Porto Nacional ofereça estas cotas de mestrado para LGBTI.

Assista:

 

De acordo com o deputado, sempre estabeleceu um posicionamento coerente em tudo que faz em sua vida pública, e a política de cotas sempre teve seu respeito, mas quando essa política de cotas caminha para dividir heterossexuais de homossexuais, torna uma classe privilegiada.

Eli ainda disse que é totalmente discordante com a política da UFT de Porto Nacional que estabelece 10% das cotas para homoafetivos e quero dizer que vou procurar as barras da Justiça e o MEC porque, ao seu ver, não tem coerência esse aspecto das cotas”.
Assuntos íntimos não deve ser tratados com políticas públicas. “Eles [LGBTs] fizeram a escolha deles, mas para mim a intimidade deve ser vivida na intimidade e política pública não pode acontecer no sentido que, ao fazer essa opção, eles venham a ter diversos privilégios”, disse.

O mestrado ainda oferece cotas para surdos e candidatos pretos, pardos, quilombolas e indígenas. Veja:
Ampla concorrência – 70% – 42 vagas
Cotas étnico-raciais – 10% – 6 vagas
Cotas LGBTI – 10% – 6 vagas
Cotas para candidatos surdos – 10% – 6 vagas
Cotas Quali + Técnicos-administrativos da UFT – 2 vagas
A taxa de inscrição será de R$ 90 e deverá ser paga nas agências bancárias até o dia 27 de março. Os candidatos cotistas são automaticamente isentos do pagamento da taxa.